sexta-feira, 5 de março de 2010

Rede Elektra erra tudo no Nordeste.

Público-alvo:
  • Classes C e D;
  • Periferia do Nordeste.
Ambientação da loja:
  • Clara;
  • Limpa;
  • Climatizada;
  • Funcionários empenhados em atender bem;
  • Piso de cerâmica;
  • Seguranças de terno preto nas portas das lojas.
  • O erro está no conceito de ambientação da loja, pois lojas voltadas para as classes C e D, não são organizadas, são muitas vezes quentes, a climatização é por ventiladores, os funcionários atendem bem, mas são mais simples, o piso é geralmente o mais baratos e não há seguranças, como nas butiques.
Primeira loja:
  • Março de 2008;
  • Inaugurada na Avenida Beberibe, em um bairro de baixa renda do Recife;
  • Grande cortejo dos 3 poderes: federal, estadual e municipal;
  • Presença do presidente Lula.
Imagem da loja
  • Consumidor ficou confuso com tanta badalação e associa a loja aos políticos;
  • Os consumidores vêem a loja como não sendo para eles. Por ser muito imponente na decoração e por causas dos seguranças de preto;
  • Os homens de preto podem invadir a tua casa, caso haja inadimplência.
Forma de Pagamento:
  • Semanal.
  • Forma cultural de pagamento para os brasileiros é mensal.
Crédito:
  • Taxa de juros entre 7% e 9% ao mês;
  • Crédito é liberado depois que um analista vai à casa do consumidor e faz uma avaliação dos bens do futuro cliente. Essa visita é feita em 24 horas;
  • O crédito se dá por entrevista, histórico, qualquer documento que comprove renda, e nunca por inventário e visita do analista de crédito.
Mix de produtos:
  • Erro no mix de produto por loja, apresentando TVs de plasma em bairros que não tem nenhum poder aquisitivo para adquirir tal produto.
Localização das lojas:
  • Longe da concorrência, sendo que a classe emergente pesquisa muito antes de comprar.
  • A baixa renda entra em várias lojas e pesquisa preço, taxa de juros para então efetuar a compra
Cobrança por inadimplência:
  • A cobrança na Elektra é feita no corpo a corpo por uma empresa terceirizada;
  • A cobrança no Brasil normalmente é feita pela própria rede e raramente é terceirizada e sempre por telefone ou por carta, nunca recebendo o cobrador em casa.
Problemas com a justiça:
  • A rede Elektra está com problemas com a justiça. Muitos clientes dizem terem sidos constrangidos por cobradores da rede.
Desempenho:
  • Planos de abrir 1,5 mil lojas em cinco anos, mas depois de dois anos foram abertas somente 18 unidades;
  • O grupo tem uma carteira de crédito de R$ 25,3 milhões, entre empréstimos pessoais e crédito direto ao consumidor, num total de 45,5 mil contratos, o que dá R$ 556,04 reais por contrato.
Elektra no mundo e no Brasil:
  • No Brasil há planos de abrir 15 lojas, sendo que duas delas no modelo mini, que são pontos com uma oferta menor de produtos e a escolha pode ser feita por catálogos; 
  • Haverá investimento de R$ 15 milhões, pois cada loja custa mais ou menos R$ 1 milhão;
  • A mexicana Elektra está presente em El Salvador, Peru e Honduras e tem 35.755 empregados;
  • No Brasil ela tem 457 funcionários.
Esse exemplo da rede mexicana Elektra é ótimo para comprovar que é mandatório conhecer bem o público-alvo, a cultura, a concorrência, as características do mercado e o comportamento do consumidor, e faltou tudo isso a rede.
 
Notícia do jornal O Estado de São Paulo de 1 de março de 2010, do caderno de Negócios, com os títulos: “Rede de Salinas tropeça no Brasil.” e “Modelo mexicano não agradou consumidor pernambucano.”.

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