domingo, 6 de dezembro de 2009

Mudança de hábito.

Assistir televisão é coisa do passado. Hoje é possível assistir os seus programas preferidos sem o aparelho de tv, somente é preciso um computador conectado a internet para ter acesso aos programas de sua preferência, na hora mais cômoda, com imagem cristalina, intervalos comerciais curtos, e quantas vezes você quiser e em muitos casos, sem nenhum custo. Nas palavras do presidente da Comcast, "mídia em qualquer tempo, em qualque lugar".

Nos Estados Unidos já é possível assistir TV sem aparellho de televisão. Em sites como o ABC.com e Hulu, os programas são sob encomenda e online. Durante 60 anos, somente era possível assistir TV tendo um aparelho de televisão.

 A Comcast que agora tem o controle da NBC Universal e também controla o site Hulu.com está num momento decisivo da história. A questão é a seguinte: como irá ser o novo modelo de negócios de entretenimento televiso que irá viabilizar a TV sob encomenda?

E isso também afetará o mercado publicitário e todas as empresas que têm na televisão sua ferramenta principal de promover produtos e a própria empresa.


A emissora NBC seguindo suas concorrentes colocou na web seus programas na esperança de conseguir participação no crescente mercado publicitário online e compensar a perda de audiência, mas apesar da resposta positiva dos espectadores, as receitas publicitárias não se materializaram conforme o planejado.

O que se vê é que nenhum grande player conseguiu desenhar um novo modelo para o novo jeito de assistir tv, a tv sob encomenda.

Barry M. Meyer da Warner Brothers disse que o setor está jogando fora o dinheiro e conteúdo.

A Comcast está limitando o número de programas online para que as pessoas que pagam TV a cabo não cancelem suas assinaturas e se voltem para os conteúdos online gratuitos e está estudando um modelo para cobrar pelo acesso generalizado a programas.


No Hulu são mais de 40 milhões de acessos por mês, e são cerca de um bilhão de minutos de episódios integrais e clipes de vídeos curtos, mas ainda não é lucrativa.

Meyer disse que a corrida para levar conteúdo a espectadores onde, quando e como eles quiserem foi bem intencionada, mas está destruindo o modelo de negócio básico, ao tornar o conteúdo menos valioso para as pessoas que pagam tv a cabo. Normalmente após um mês da estreia na tv, os programas vão para o site, onde todos podem assistir sem custo e na hora que desejar.

A Comcast e outras empresas estão criando os sistemas de autenticação para permitir o acesso aos pagantes de tv a cabo.

Logicamente essa mudança de hábito tem muitos fatores que o impulsionam, como:
  • tecnologia avançada que permite acessar a internet com velocidade, qualidade, de qualquer lugar, do celular, do ipod, do itoch, do computador e da própria tv;
  • nossos hábitos do cotidiano mudaram, pois não temos mais hora para sair de casa, de chegar em casa, trabalhamos em casa, trabalhamos no parque, na empresa, não temos mais hora para nada.
As agências de publicidade e as empresas deverão repensar o modelo de propaganda que é veiculada na TV, já que está é ainda a principal.

A propaganda irá aumentar sua participação dentro dos programas e dos filmes, seriados e novelas? Nas novelas da Globo é corriqueiro vermos panetones da Nestlé, liquificador da Arno, produtos da Avon e da Natura no dia-a-dia da trama.

A interação das empresas com os consumidores está ganhando qualidade, ao permitirmos e escolhermos quais empresas podem se comunicar conosco, mas ainda assim a TV tradicional é o principal canal de comunicação.

As informações dessa postagem estão no jornal O Estado de São Paulo, do dia 5 de dezembro de 2009, no caderno de Economia e tem o título de: "Briga entre TV e web volta à tona." essa matéria é do jornal The New York Times e quem quiser ler o título é: "Web-Tv divide is back in focus with NBC sales.".

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