quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (ProTeste) avalia filtros solares, e entre 10, somente 2 passam no teste.

A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (ProTeste) avaliou 10 marcas de filtros solar:
  • Marca - Avaliação;
  • L'Oréal - muito boa;
  • Cenoura & Bronze - boa;
  • Avon - ruim;
  • Banana Boat - ruim;
  • Coppertone - ruim;
  • Episo - ruim;
  • La Roche-Posay - ruim;
  • Natura - ruim;
  • Nívea Sun - ruim;
  • Sundown- ruim.
Um breve resumo dos resultados:
  • 5 das 10 avaliadas não são resistentes à radiação;
  • 8 das 10 marcas não resistem a água ou não bloqueiam raios UVA, que causam o envelhecimento;
  • no teste de fotoinstabilidade, o FPS dos produtos foi medido antes e depois da exposição a uma temperatura de 40°, e as marcas Avon, La Roche-Posay, Nívea, Banana Boat e Sundown foram reprovadas;
  • a marca Coppertone indica na embalagem o fator de proteção 30, mas na verdade seu fator é 25;
  • a marca Natura e Sundown após meia hora imersa na água perderam 70% e 45% da eficácia;
  • os produtos que se declaram resistentes a água perdem até 50% do FPS após 40 minutos na água;
  • 7 protetores solar tiveram nota ruim na composição, o que quer dizer que possuíam substâncias não recomendadas, mas não proibidas no Brasil.
Vejam como as empresas se defenderam:

  • as oito marcas reprovadas informaram que seus produtos foram submetidos a testes científicos, aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA);
  • a Nìvea disse que todos os produtos são desenvolvidos sob protocolos globais de qualidade e que a loção solar FPS 30 atende às exigências dos órgaõs regulamentadores;
  • a Johnson&Johnson disse que só tomou conhecimento da análise do ProTeste na tarde anterior a publicação da reportagem e que estranha os métodos utilizados e que usa na formulação uma combinação de filtros que garante a proteção UVA/UVB;
  • a Natura disse que a análise da ProTeste é diferente da adotada por ela;
  • a Mantecorp que é a fabricante das marcas Coppertone e Episol disse que seus produtos seguem padrões de qualidade nacionais e internacionais;
  • a Avon divulgou que a Anvisa não obriga mencionar na rotulagem a indicação do fator de proteção UVA.
O que podemos aprender com essa notícia do Estadão é que, mesmo o produto sendo aprovado por órgãos internacionais e até mesmo pela Anvisa, ele tem que ser aprovado também por outros órgãos que possam algum dia divulgar qualquer avaliação científica sobre a qualidade do produto. As empresas têm que mapear todos so órgãos que podem de alguma maneira interferir ou emitir avaliação e ou opinião sobre o produto. Essa publicidade que as marcas tiveram afeta muito a credibilidade dos produtos e até mesmo das empresas envolvidas, e não adianta a companhia falar que tem autorização do órgão xis ou do órgão internacional y, pois a imagem já foi afeta.

Em pleno verão, sai uma notícia dessas. Eu vejo como um acontecimento muito grave para as marcas avaliadas, e nenhuma das organizações, ao meu ver, responderam de maneira satisfatória aos resultados notíciados.

A avaliação das marcas de protetor solar está no jornal O Estado de São Paulo, do dia 1 de dezembro de 2009, no caderno Nacional/Vida&, com o título: "Só 2 filtros solares passam em teste.", e as respostas das empresas estão na matéria: "Empresas discordam de resultados.", do mesmo dia e mesmo caderno do Estadão.

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