segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Política econômica do governo atual.

Em uma matéria veiculada no jornal O Estado de São Paulo, um dos melhores gestores de recursos, Luís Stuhlberger fala que a política econômica do governo está em deterioração fiscal e é marcada pelo populismo, assistencialismo e perda de competitividade. E para isso ele usa alguns exemplos do que têm acontecido.
Algumas situações que demonstram a política econômica são:
  • expansionismo fiscal - gastos correntes e intervencionismo estatal na economia;
  • política parafiscal - expansão do crédito do BNDES e dos demais bancos públicos por empréstimos do Tesouro;
  • aumento da dívida pública, a qual estava em 54,8% do PIB em junho de 2008 passando para 66,5% em setembro de 2009;
  • previsão de novos repasses para o BNDES e para a Petrobrás, o que acarretará em uma dívida pública de 70% do PIB, sendo que nos demais países emergentes essa relação não passa de 43%;
  • o aumento real do funcionalismo federal variou de 12,1% a 61,8% de 2002 a 2009, sendo que o salário médio teve ganho médio anual de 0,4% , o que dá 2,83% de variação para este mesmo período de 2002 a 2009;
  • despesas de pessoal, previdência, seguro-desemprego e benefícios assistenciais subiram de 73% para 79% dos gastos totais do governo de 2002 e 2009;
  • os investimentos do setor público foi de apenas 5% dos gastos totais, o que demonstra a falta de investimento do governo em por exemplo, infraestrutura, o que daria mais competitividade aos produtos brasileiros;
  • em um levantamento do Banco Mundial, o Brasil está em último lugar em termos de investimento em relação aos gastos públicos, atrás da África do Sul, Turquia, Chile e Estônia;
  • há um aumento brutal dos gastos correntes permanentes (salário do funcionalismo, previdência, benefícios assistenciais) e um baixo investimento público em educação, saúde, infraestrutura etc.;
O governo Lula está levando o país para uma situação difícil, mas que pode ser revertida, caso haja consciência e responsabilidade. O problema é que a população não vai pressionar o governo a mudar, já que a aprovação do governo está em 70% e a aprovação do presidente está em 78,9%, devido a Política do Pão e do Circo, em latin Panis et Circenses, já usada na Roma Antiga.

Os empresários exportadores, ao invés de reclamarem do câmbio, deveriam pressionar o governo para investir mais em infraestrutura, em educação e em reformar o sistema tributário, o que daria competitividade real e não competitividade artificial que é baseada somente na taxa do câmbio.

A matéria sobre a análise do gestor de recuros Luís Stuhlberger saiu no jornal O Estado de São Paulo, do dia 22 de novembro de 2009, no caderno de economia, com o título: "Gestor vê retrocesso na economia."

Os dados sobre a popularidade e aprovação do atual governo está no jornal O Estado de São Paulo, do dia 23 de novembro de 2009, edição online, caderno Nacional/Política.

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