terça-feira, 3 de agosto de 2010

Classe D é a bola da vez

De acordo com a pesquisa da Data Popular, em 2010 as famílias da classe D terão R$ 386,4 bilhões para gastar, passando à frente da classe B, com R$ 331,2 bilhões e tendo somente à frente a classe C, com R$ 427,8 bilhões.



O parâmetro para os cálculos foi a previsão de crescimento de 7% do PIB brasileiro para este ano.
 
Todo esse dinheiro será gasto da seguinte maneira:


Os gastos da classe B serão maiores em categorias que a classe D ainda não consome, como: alimentação fora de casa, lazer, cultura, viagens e despesas com veículo próprio.
 
Fatores macroeconômicos que impulsionaram o aumento da massa de renda da classe D
  1. Aumento do salário mínimo;
    1. Entre abril de 2003 e janeiro de 2010, o salário mínimo teve aumento real de 53,7%, isto é, já descontada a inflação (INPC, taxa de inflação para as famílias com renda entre 1 e 3 salários);
    2. Com o aumento do salário mínimo que houve em janeiro, foram injetados na economia R$ 26,6 bilhões ou 0,7% do PIB
    3. A classe D tem a renda muito atrelada ao salário mínimo.
    4. Benefícios sociais
    5. Bolsa Família
  2. Geração de empregos formais;
  3. Crédito consignado.
    1. Pagamento feito com desconto em folha de pagamento e apresenta bem juros menores.
Com todo esse potencial de gasto, a classe D pode realizar vários sonhos de consumo, pois os lares desse extrato social ainda carecem dos seguintes produtos:


Apesar da ausência de computador e micro-ondas em 81% e 82% dos lares da classe D, o grande sonho de consumo é adquirir lavadora, com 41% das intenções de compra.


Comportamento de compra

Para a classe D, a combinação de poder de compra com carência de produto faz com que a renda se transforme rapidamente em consumo, o que é bem diferente para a classe C. Nessa classe social, boa parte das compras é de reposição, com maior tempo despendido no processo de compra e com produtos de maior valor e com mais recursos.

Crescimento das compras em volume e em valor


A maioria das pessoas da classe D está no nordeste. De olho nessa classe social, muitas empresas estão adaptando produtos, comprando concorrentes e mudando o mix de produtos.
Se o Brasil continuar a crescer, certamente a classe D de hoje será a classe C de amanhã, portanto as lojas têm que expor produtos para ambas às classes sociais e fidelizá-las.
Notícias do jornal O Estado de São Paulo de 2 de agosto de 2010, do caderno de economia, com os títulos: “Classe D já supera B em poder de consumo.” e “Empresas lançam produtos de olho na nova escala social.”

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