Três empresas de alimentos focam esforços para o varejo de pequeno e médio porte e também para a classe C, a procura de:
- Ganhar mais mercado;
- Fugir da maior concorrência nas grandes varejistas com os mais fortes da indústria de alimentos;
- Diversificar clientes e assim não ficar refém das varejistas mais poderosas.
As três empresas que adotaram tal estratégia foram:
- A catarinense Leardini, fundada em 1988, que é fornecedora de peixes e de produtos com maior valor agregado, como empanados, lasanha e misturas para risotos, todos derivados do peixe;
- A paulista e novata General Brands, fundada em 1997, está entre as líderes dos segmentos de refrescos em pó e gomas de mascar;
- A também paulista Dori Alimentos, que tem sede em Marília, foi fundada em 1967 e é fabricante de doces.
Caso Leardini
- Antes
- Fornecia peixe a granel para o Carrefour e este era responsável por 40% do faturamento da empresa;
- Depois
- Diminuiu a dependência do Carrefour à 15% do faturamento.
- Novas estratégias
- Lançou nova linha de produtos com maior valor agregado;
- Produtos semiprontos derivados do peixe e frutos do mar:
- Empanados;
- Lasanhas;
- Mistura para risotos.
- Afastou-se das grandes redes de varejo;
- Aproximou-se dos pequenos e médios varejistas e assim não concorre diretamente com as grandes empresas de alimentos, como a BR Foods. E isso viabilizou ganhar mercado com os novos produtos.
- Resultado previsto
- Mais que dobrar o faturamento em dois anos, de R$ 130 milhões, em 2008, para R$ 250 milhões, neste ano de 2010.
Caso General Brands
- Produto
- Praça inicial
- Norte e Nordeste;
- Pequenos e médios varejistas;
- Os primeiros clientes da GB foram os supermercados flutuantes do Amazonas.
- Preço
- Público-alvo
- Seguindo a Tendência
- A GB começou com produtos de baixo preço, como o Camp, o suco em pó Fructus que faz 2 litros e tem preço de R$ 0,49 e a goma de mascar Gang, vendido à R$ 0,05.
- Hoje em dia a GB aumentou o portfólio com produtos de maior valor agregado como chocolates, sucos, chás e néctar de beber, acompanhando o aumento da renda e da exigência da classe C.
- Faturamento em 2009
Caso Dori Alimentos
- 280 produtos;
- Vende seus produtos em todo o Brasil;
- 150 mil pontos de vendas;
- Supermercados;
- Mercearias;
- Pequenas distribuidoras;
- 90% desses clientes são compostos por pequenos varejistas.
- Recentemente mudou as embalagens, para acompanhar o aumento da exigência dos clientes, os quais têm renda para comprar produtos mais caros da concorrência.
- Faturou R$ 350 milhões em 2009.
Vantagens para a Indústria
- Não concorrer diretamente com os grandes da indústria de alimentos, como BR Foods;
- Não comprometer parte significativa do faturamento com somente um grande cliente;
- Ter maior poder de barganha na negociação;
- Conseguir mais espaço nas gôndolas;
- Maior liberdade para promover os produtos no PDV;
- Atualmente, a menina dos olhos do varejo são as pequenas e médias lojas de bairro, essa é uma vantagem grande para essas empresas, por já conhecerem toda a dinâmica desse segmento.
Vantagens para o pequeno varejista
- Maior diversificação de produtos nas gôndolas;
- Maior atenção do fornecedor;
- Aumento da margem, com negociações mais vantajosas.
Notícia do jornal O Estado de São Paulo de 22 de maio de 2010 do caderno de Economia & Negócios, com o título: “Indústria se volta ao pequeno varejo.”.
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