terça-feira, 25 de maio de 2010

Indústria de alimentos se volta para varejo de médio e pequeno porte e para a classe C

Três empresas de alimentos focam esforços para o varejo de pequeno e médio porte e também para a classe C, a procura de:
  1. Ganhar mais mercado;
  2. Fugir da maior concorrência nas grandes varejistas com os mais fortes da indústria de alimentos;
  3. Diversificar clientes e assim não ficar refém das varejistas mais poderosas.
As três empresas que adotaram tal estratégia foram:
  1. A catarinense Leardini, fundada em 1988, que é fornecedora de peixes e de produtos com maior valor agregado, como empanados, lasanha e misturas para risotos, todos derivados do peixe;
  2. A paulista e novata General Brands, fundada em 1997, está entre as líderes dos segmentos de refrescos em pó e gomas de mascar;
  3. A também paulista Dori Alimentos, que tem sede em Marília, foi fundada em 1967 e é fabricante de doces.
Caso Leardini
  • Antes
    • Fornecia peixe a granel para o Carrefour e este era responsável por 40% do faturamento da empresa; 
  • Depois
    • Diminuiu a dependência do Carrefour à 15% do faturamento.
  • Novas estratégias
    • Lançou nova linha de produtos com maior valor agregado; 
    • Produtos semiprontos derivados do peixe e frutos do mar:
      • Empanados;
      • Lasanhas;
      • Mistura para risotos.
    • Afastou-se das grandes redes de varejo;
    • Aproximou-se dos pequenos e médios varejistas e assim não concorre diretamente com as grandes empresas de alimentos, como a BR Foods. E isso viabilizou ganhar mercado com os novos produtos.
  • Resultado previsto
    • Mais que dobrar o faturamento em dois anos, de R$ 130 milhões, em 2008, para R$ 250 milhões, neste ano de 2010. 
Caso General Brands
  • Produto
    • Refresco em pó Camp 
  • Praça inicial
    • Norte e Nordeste;
    • Pequenos e médios varejistas;
    • Os primeiros clientes da GB foram os supermercados flutuantes do Amazonas.
  •  Preço
    • Preço baixo
  • Público-alvo
    • Base da pirâmide. 
  • Seguindo a Tendência
    • A GB começou com produtos de baixo preço, como o Camp, o suco em pó Fructus que faz 2 litros e tem preço de R$ 0,49 e a goma de mascar Gang, vendido à R$ 0,05.
    • Hoje em dia a GB aumentou o portfólio com produtos de maior valor agregado como chocolates, sucos, chás e néctar de beber, acompanhando o aumento da renda e da exigência da classe C.
  • Faturamento em 2009
    • R$ 190 milhões.
Caso Dori Alimentos
  • 280 produtos;
  • Vende seus produtos em todo o Brasil;
    • 150 mil pontos de vendas;
    • Supermercados;
    • Mercearias;
    • Pequenas distribuidoras;
    • 90% desses clientes são compostos por pequenos varejistas.
  • Recentemente mudou as embalagens, para acompanhar o aumento da exigência dos clientes, os quais têm renda para comprar produtos mais caros da concorrência.
  • Faturou R$ 350 milhões em 2009.
Vantagens para a Indústria
  • Não concorrer diretamente com os grandes da indústria de alimentos, como BR Foods;
  • Não comprometer parte significativa do faturamento com somente um grande cliente;
  • Ter maior poder de barganha na negociação;
  • Conseguir mais espaço nas gôndolas;
  • Maior liberdade para promover os produtos no PDV;
  • Atualmente, a menina dos olhos do varejo são as pequenas e médias lojas de bairro, essa é uma vantagem grande para essas empresas, por já conhecerem toda a dinâmica desse segmento.
Vantagens para o pequeno varejista
  • Maior diversificação de produtos nas gôndolas; 
  • Maior atenção do fornecedor;
  • Aumento da margem, com negociações mais vantajosas. 
Notícia do jornal O Estado de São Paulo de 22 de maio de 2010 do caderno de Economia & Negócios, com o título: “Indústria se volta ao pequeno varejo.”.

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