domingo, 17 de outubro de 2010

Produtos não básicos crescem na cesta de compras do brasileiro

De acordo com a pesquisa da Kantar Worldpanel, feita semanalmente com 8,2 mil famílias brasileiras, com o intuito de monitorar e avaliar o comportamento de compra de 65 produtos, o brasileiro está comprando mais produtos supérfluos, e assim sofisticando suas compras de supermercado.

A conclusão da pesquisa é que os brasileiros estão comprando mais alimentos e itens de higiene e limpeza sofisticados, com destaque para as classes D e E, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.

Gráfico | Produtos Monitorados

Quantidade de Produtos Monitorados

Exemplos de Produtos Básicos: óleo, açúcar e sabão em pó.

Exemplos de Produtos Não Básicos: sorvete, fralda descartável, detergente líquido para roupas.

Gráfico | Variação de consumo no 1º sem 2010 em relação a igual período de 2009

1º Semestre de 2010 em relação ao 1º Semestre de 2009

Para a Kantar as Classes A e B tem renda média mensal entre R$ 2.012 e R$ 9.733, a Classe C tem R$ 1.587 de rendimento médio por mês e as Classes D/E apresentam renda familiar mensal de R$ 950.

Gráfico | Crescimento do consumo de Produtos Não Básicos das Classes D e E por Região

Quanto cresceu o consumo de produtos não básicos nas Classes D e E

Ainda segundo a kantar, a Classe D/E do Norte e Nordeste, no primeiro semestre deste ano, passou a consumir:

Gráfico | Número de famílias da base da pirâmide e os novos produtos na cesta de compras, a partir do 1º Semestre de 2010

Famílias (em mil) da base da pirâmide - Classe DE - passaram a consumir

Gráfico | Consumo nacional de alimentos, bebidas, artigos de higiene e limpeza

Consumo nacional de alimentos, bebidas, artigos de higiene e limpeza - variação no 1º Semestre de cada ano

Fatores para esse acréscimo de consumo de Produtos Não Básicos:

  • Ganho de renda;
    • o crescimento da massa de renda foi de 8,8% maior em agosto deste ano na comparação com o mesmo mês de 2009;
  • Emprego formal crescente;
    • a taxa de desemprego no Brasil medida pelo IBGE ficou em 6,7% em agosto e a previsão para setembro é de 6,5%.
  • Crédito farto;
  • Preços estáveis.

O peso do salário mínimo

  • O salário mínimo apresentou altas acima da inflação de 6,1% em 2009 e 5,8% em 2010;
  • No Nordeste o salário mínimo é parâmetro de reajuste para 49% da força de trabalho;
  • No Brasil o salário mínimo é parâmetro de reajuste para 29% da população ativa.

Notícias do jornal O Estado de S. Paulo de 17 de outubro de 2010, do caderno de Economia, com os títulos: “Consumidor vai além do arroz e feijão” e “Norte e Nordeste lideram compras de supérfluos”

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