A multinacional americana de alimentos Cargill comprou por R$ 600 milhões a unidade de molhos, polpas e extratos de tomate da anglo-holandesa Unilever, e assim tornou-se líder do segmento.
A compra inclui tanto as unidades de produtos para varejo quanto as de food service.
Está nas mãos do CADE a aprovação da transação.
As marcas adquiridas foram:
- Pomarola;
- Tarantella;
- Elefante;
- Pomodoro.
História da Cargill
A Cargill tem sede em Mineapólis (MN) nos Estados Unidos, foi fundada em 1865 e atua nos segmentos de produção e comercialização de alimentos, produtos agrícolas e financeiros e produtos e serviços para a indústria.
- São 131.000 funcionários em 66 países nos 5 continentes;
- Receita de US$ 107,8 bilhões e lucro líquido de US$ 2,6 bilhões, no exercício fiscal de junho de 2009 à maio de 2010.
A multinacional americana de alimentos está no Brasil desde 1965, sediada em São Paulo, no Brooklin, conta com aproximadamente 7.500 colaboradores e está há 10 anos, ininterruptos, na lista de As Melhores Empresas para Você Trabalhar.
Segmentos, Produtos e marcas
- Consumo:
- Azeites;
- Azeitonas;
- Maioneses;
- Massas;
- Molhos para salada;
- Óleos refinados;
- Óleos compostos;
- Molho, Extrato e Polpa de tomate (Recém adquirido da Unilever).
- Liza;
- Maria;
- Purilev;
- Mazola;
- Gourmet;
- Olivia;
- Veleiro;
- La Española;
- Gallo;
- Delverde;
- Pomarola (Recém adquirida da Unilever);
- Tarantella (Recém adquirida da Unilever);
- Elefantes (Recém adquirida da Unilever);
- Pomodoro (Recém adquirida da Unilever);
- Ingredientes Alimentícios:
- Lácteos;
- Bebidas;
- Confeitos;
- Panificáveis;
- Molhos, Margarinas e Maioneses;
- Amidos & Adoçantes;
- Aromas;
- Cacau & Chocolate;
- Foods Especialidades;
- Gorduras Vegetais;
- Saúde & Nutrição;
- Texturizantes;
- Agrícola
- Açúcar & Etanol;
- Algodão;
- Complexo Soja;
- Industrial
- Amidos Industriais;
- Bioplásticos;
- Metais;
- Óleos Industriais;
- Financeiro e Gerenciamento de Risco
- Trade and Structure Finance (TSF);
- Gerenciamento de Risco;
- CarVal Investors.
A compra, para a Cargill
Segundo Daniela Bretthaurer, da Raymond James, essa compra faz todo o sentido para a Cargill, pois essa expansão de portfólio é complementar aos negócios da empresa e otimizará a rede de distribuição que já está montada no Brasil.
O motivo da venda, para a Unilever
Ainda de acordo com Daniela, a venda que a Unilever fez está de acordo com a estratégia da anglo-holandesa de trabalhar somente com marcas globais, e isso ainda reduz os investimentos em marketing e propaganda, por exemplo.
A não compra pela Hypermarcas
Conforme análise da Daniela Bretthaurer, para a Hypermarcas, que almeja ser a Unilever brasileira, o negócio não se enquadraria na estratégia de expansão da empresa, pois esta prioriza os segmentos farmacêutico e de higiene e limpeza, os quais tem maior valor agregado.
Dados Nielsen sobre o segmento de Molhos
- Molho pronto cresceu 11,3% ao ano entre 2007 e 2009. Esse crescimento é justificado pelo aumento do consumo de produtos prontos pela classe C;
- A venda de polpa e purê de tomate caiu 8,2% no mesmo período.
Notícia do jornal O Estado de S. Paulo de 25 de setembro de 2010, do caderno de Economia, com o título: “Cargill paga R$ 600 milhões por fábrica e marcas de molho de tomate da Unilever”, dados dos sites http://www.cargill.com/ , http://www.cargill.com.br/brazil/pt/home/index.jsp e da revista VocêS/A|Exame, edição especial 2010, 150 Melhores Empresas para Você Trabalhar, de setembro de 2010.
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