terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Empresas de bens de consumo duráveis já têm novas ações para as vendas não caírem.

As classes B e C estão com capacidade de endividamento reduzida, devido às compras de carros e produtos da linha branca que tiveram o IPI reduzido com a política anticíclica do governo federal.

Queda na intenção de compra e no otimismo das empresas:

    Três indicadores sinalizam a queda na intenção de compra dos consumidores.

O indicador de Expectativas de Compra de Bens Duráveis da FGV caiu em janeiro e pelo segundo mês consecutivo. O índice caiu em janeiro para 81,4, que é abaixo da média dos últimos cinco anos que foi de 82,8%.

A sondagem industrial da FGV mostrou que 31,1% das indústrias de bens de consumo duráveis consideraram o mercado interno forte em janeiro versus 43,1% em outubro.

O uso da capacidade instalada das fábricas de bens de consumo duráveis diminuiu para 89,1% versus outubro que estava em 91,4%.

    Os endividados:

As famílias com renda entre 4 e 10 salários mínimos (classe C) que estão endividadas passou de 53% para 54%, enquanto nas famílias da classe D (renda familiar até 4 salários mínimos) o percentual caiu de 53% para 51%, para o período de dezembro de 2008 a dezembro de 2009.

As estratégias:
  • Focar em um novo público: a classe D;
  • Alongar prazos de financiamentos;
    • Carros até 120 meses (10 anos);
    • Eletroeletrônicos e eletrodomésticos 18 meses (1,5 anos);
  • Aumentar a quantidade de lançamentos. 
    Os números da Classe C:
  • A classe C já está quase com a mesma capacidade de consumo da classe A/B;
  • A classe C já está endividada;
  • Ela representa entre 30% e 50% da população dependendo do tipo de medição;
  • 79% já têm casa própria;
  • 55% têm possui automóvel;
  • 53% têm intenção de comprar eletrodoméstico;
  • 51% pretendem comprar móveis;
  • 100% das casas da classe C já possuem televisores;
  • Geladeira, rádio, aparelho de DVD e lavadora já estão presentes em praticamente 100% dos lares dessa classe social;
  • Há muita instabilidade nesta classe já que muitos não têm emprego fixo e preferem ter o próprio negócio, enquanto as classes A e B preferem ter um emprego;
  • 40% têm plano de saúde;
  • 30% têm filhos em escola privada;
  • 32% têm poupança;
  • 12% têm previdência privada;
  • Defendem o Estado como provedor de serviços:
    • 88% dizem que a aposentadoria deve estar na mão do governo;
    • 88% acham que é a tarefa do Estado cuidar da saúde;
    • 87% acha que é dever do Estado fornecer a educação;
    • 77% dizem que o Estado tem que ser o fornecedor de água.
É lançado hoje o livro: A classe média brasileira: ambições, valores e projetos de sociedade.

Notícia do Estado de São Paulo de 8 de fevereiro de 2010, do caderno de Economia, sob os títulos: “Consumo dá sinal de desaceleração.” E “Classe C chega perto da A/B no consumo, mas deve mais.”.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Estratégias da Marisa na época da crise e para abrir novas lojas focadas em um só segmento.

No último trimestre de 2008, no auge da crise que havia começado com a quebra do Lehman Brothers em setembro de 2008, as lojas da Marisa registraram alta de 2,9% nas vendas líquidas, enquanto as concorrentes estavam estagnadas ou em queda.

 
As estratégias da Marisa foram:
  • Renegociação dos prazos de pagamentos feitos para os fornecedores, diminuindo-os em 30 dias;
  • Corte de preços em torno de 25%, dos produtos de linha de referência;
  • Os investimentos em propaganda foram ampliados em 20% entre os meses de março e julho de 2009;
  • Após o período de crise os preços voltaram ao patamar normal. As calças jeans que custavam 39,99, na época da crise, voltaram a custar 49,99, que era o preço antes da crise. 

 
Com essa estratégia de crise, a Marisa conseguiu superar a metas de 2009 e ainda crescer no período da crise.

Como resultado dos bons números de 2009, a empresa decidiu dar continuidade ao projeto de abrir lojas focadas no segmento de roupas intimas feminina, mas para isso a direção da empresa encomendou uma pesquisa à Nielsen. Nessa pesquisa a Marisa aparece com 42% de lembrança quando o assunto é lingerie, conquistando o primeiro lugar, e a segunda rede que aparece tem somente 1/3 dos votos.

 
Estratégias da Marisa para 2010:
  • Investir R$ 102 milhões na abertura de 39 novas lojas e na reforma de outras 5;
  • Inaugurar 39 lojas;
  • Abrir lojas focadas no segmento de roupas intima feminina;
    • 6 lojas Marisa Lingerie (loja focada no segmento de roupas intima feminina);
      • 5 lojas abertas até o dia 12 de junho, dia dos namorados;
        •  4 lojas em São Paulo;
        • 1 loja em Minas Gerais;
  • 11 lojas de moda feminina;
  • 22 lojas de moda ampliada. 
A rede Marisa:
  • Foram investidos 31 milhões na abertura de 12 lojas em 2009;
  • Público-alvo: Consumidores da Classe C;
  • Negócio: Varejo de moda;
  • Fundada em 1948;
  • 227 lojas;
  • Presente em todos os estados brasileiros;
  • 11.000 funcionários;
  • Abriu capital em outubro de 2007;
  • Entrou no E-Commerce em 2002;
  • Tem 7 milhões de cartões ativos.
 
Notícia do jornal O Estado de São Paulo de 4 de fevereiro de 2010, do caderno de Economia/Negócios sob o título: “Marisa prepara a abertura de 39 lojas este ano.”.

CADE autoriza unificação das atividades administrativas do Pão de Açúcar e Casas Bahia.

Ontem o CADE autorizou Pão e Açúcar e Casas Bahia a unificar suas atividades administrativas. Na prática elas já podem se tornar uma só empresa e até fazer investimentos conjuntos de com o Acordo de Preservação da Reversibilidade da Operação (APRO), mas há 8 restrições:

1. Estão proibidas de fechar lojas em 146 municípios onde são concorrentes;

2. Estão obrigadas a manter as marcas Casas Bahia e Ponto Frio;

3. Estão obrigadas a manter os centros de distribuição de casa empresa;

4. Estão obrigadas a manter o nível de emprego até o julgamento final da operação pelo CADE;

5. Somente o CADE pode autorizar a alteração de políticas de juros e de parcelamento que o conglomerado do GPA (Pão de Açúcar e Casas Bahia) queira fazer;

6. As campanhas de publicidade terão que ser feitas separadamente;

7. A fábrica de Bartira que fornece todos os móveis às Casas Bahia deverá ser mantida;

8. Os contratos de compra terão que ser independentes e com validade de 12 meses, mas as compras poderão ser feitas juntamente.

As duas empresas terão que apresentar um relatório a cada dois meses reportando o cumprimento das cláusulas do APRO, e se por acaso alguma delas não estiver sendo cumprida, elas deverão pagar multa de R$ 500 mil.

Matéria do jornal O Estado de São de Paulo de 4 de fevereiro de 2010, do caderno de Economia, sob o título: “Pão de Açúcar e Casas Bahia já podem unificar estruturas.”.

Audiência da TV Paga.

Em 2009 o ranking de audiência da TV por assinatura tem 3 canais infantis entre os 6 canais com mais telespectadores, sendo que o primeiro lugar é de um canal infantil o Discovery Kids. Em 2008 o primeiro lugar também era de um canal infantil, o Disney Chanel, que caiu para o 4º em 2009.


O segundo canal mais assistido é o Sportv, pelo segundo ano consecutivo, mostrando que quem ainda manda são os amantes do esporte, mesmo que seja em segundo lugar na casa.


O destaque de 2009 é o canal Nickelodeon, que passou da 15º posição para a 10º.
Dados do jornal O Estado de São Paulo de 3 de fevereiro de 2010, do caderno Caderno 2, sob o título: "Donos do controle".

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Produtos orgânicos estão ganhando mais espaço nas gôndolas.

Na rede Pão de Açúcar, o faturamento de orgânicos cresceu 45% em 2009.
 
No Carrefour as vendas em reais vêm crescendo em torno de 25% ao ano.

 
No Walmart, os produtos orgânicos vêm sendo vendidos desde a sua entrada no Brasil em 1995, e as bandeiras voltadas a baixa renda também têm disponíveis esses produtos, mas segundo o gerente nacional de hortifrúti, Antonio Carlos Allegretti, nessas bandeiras as vendas estão estagnadas.

O mercado de produtos orgânicos no Brasil é de US$ 250 milhões, segundo Sandra Caíres Sabóia do Pão de Açúcar.

Dados do mercado de produtos orgânicos:
  • A Alemanha é o país mais desenvolvido, lá 40% dos alimentos produzidos são orgânicos;
  • Na Europa e Estados Unidos a diferença de preço entre produtos orgânicos e não orgânicos é de 20%;
  • No Brasil essa diferença de preços entre orgânicos e não orgânicos varia de 30% a 50%;
  • Há cinco anos a diferença de preços no Brasil era de 50%. 
Dificuldades brasileiras no mercado de produtos orgânicos:
  • Diferença de preços entre os produtos orgânicos e não orgânicos que chega a 50% e não menos de 30%;
  • Dada a produção que é de pequena escala, o preço ainda é caro;
  • Há somente 90 mil produtores que se declaram ter culturas orgânicas;
  • Pouca variedade de produtos. Aqui no Brasil encontra-se somente o básico de produtos na versão orgânica;
  • Pouca informação sobre produtos orgânicos. 
Dados da matéria: “Com preço menor, orgânicos ganham espaço no varejo.”, veiculada no jornal O Estado de São Paulo de 3 de fevereiro de 2010, no caderno de Economia.

A estratégia da Miolo para ser Premium no Japão.

A Miolo, marca incorporada pela Almadén, do grupo francês Pernod Ricard, tornou-se a maior produtora de vinho do país, com faturamento de R$ 100 milhões em 2009.

 
A marca de vinho está com uma nova estratégia e uma nova executiva para tornar a Miolo em marca Premiumno mercado japonês. (Quem tem expertise no mercado ou dentro da empresa? O que é ser Premium? Público? Características do produtos? Os Ps de produtos Premium?)
  • Buscou no mercado um profissional com experiência na tarefa: Foi contratada a consultora paulista Ângela Hirata, que foi uma das responsáveis pela internacionalização e reposionamento das Havaianas no exterior;
  • Novas estratégias para os Ps e Cs: A estratégia é focar nos produtos de maior valor;
    • Produto: Linha reserva;
    • Produto: Lote 43;
    • Produto: Terranova;
    • Preço: Esses vinhos têm preços em torno de US$ 30 a garrafa; 
    • Ponto de Venda: Colocar os vinhos em pontos de venda sofisticados;
    • Promoção: Divulgar a marca em feiras de gastronomia e degustação para formadores de opinião;
    • Comportamento do Consumidor: Abandonar a política de massificação praticada logo em sua entrada no Japão (lei da oferta e demanda e princípio da exclusividade); 
    • Concorrência: O objetivo é concorrer com os vinhos californianos e chilenos, que são bem aceitos pelos japoneses.

 Notícia do jornal O Estado de São Paulo de 3 de fevereiro de 2010, do caderno de Economia sob o título, “Miolo quer ser fashion no Japão.”.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Jovens consomem muita roupa, educação e alimentação fora de casa.

Pesquisa da Kantar Worldpanel (ex-Latin Panel) com 8,2 famílias no Brasil inteiro diz que as famílias com jovens (teens – 12 aos 19 anos) gastam em média 5% a mais do que a renda mensal.
 
Os jovens da classe média e alta são os que mais gastam, levando as famílias ao déficit de 8% nas contas familiares.


Alguns itens com que as famílias de classe alta e média alta gastam são:
  • Aulas de inglês;
  • Aulas de piano;
  • Aulas de jazz;
  • Academia;
  • Cabeleireiro;
  • Cinema;
  • Alimentação fora de casa;
  • Transporte;
  • Roupas.

Entre esses itens, o gasto maior é com vestuário, que gira em torno de R$ 300. Essas famílias com teens gastam 43% a mais com vestuário do que famílias sem os teens. E esses jovens preferem roupas de marcas, e o critério é a qualidade da roupa. De acordo com o estudo de Millward Brown, de 7 marcas mais prestigiadas pelos jovens, 4 são de roupas.


Além dos gastos com vestuário, educação e lazer, os jovens influenciam a cesta de compras de supermercado das famílias e na decisão de ter ou não internet.

Famílias com jovens compram mais comidas prontas, bebidas isotônicas, leite aromatizado, massas prontas e outros produtos de fácil e rápida preparação e têm mais acesso a internet, pois 26% dos lares com jovens têm acesso a internet enquanto que somente 19%, nos casos de famílias que não tem teens.

O mercado teens movimenta em torno de R$ 48 bilhões por ano, segundo cálculo da Christine, da Kantar Worldpanel.

No Norte e Nordeste há a maior concentração de famílias com jovens, são cerca de 32% delas, mas a renda desses jovens nordestinos (R$ 145) é 32% menor do que a média de renda dos jovens brasileiros (R$ 218). Esses dados são do PNAD, que é feito pelo IBGE.

Notícia veiculada no jornal O Estado de São Paulo de 31 de janeiro de 2010 no caderno de Economia, sob o título: “Jovens estouram contas das famílias.”.