segunda-feira, 12 de abril de 2010

A 3ª Idade, ou Melhor Idade, tem renda mensal de R$ 7,5 bilhões.

Foi feita uma pesquisa com 1.500 pessoas de mais de 60 anos em todas as classes sociais, em 10 regiões metropolitanas do Brasil, em outubro de 2009 pelo Instituto Somatório. E as conclusões foram as seguintes:
  • Nada mais de xadrez ou tricô;
  • Eles têm renda de R$ 7,5 bilhões por mês, isso corresponde à 15% dos rendimentos dos domicílios do país;
  • 93% têm renda própria;
  • Normalmente se viram sozinhos;
  • Gostam de comer bem;
  • Fazem mais exercícios;
  • Adoram viajar;
  • Vão ao shopping freqüentemente, mas não tanto quanto os adolescentes;
  • Sua renda é importante para o orçamento familiar, que em média participa com 71% da renda familiar total.
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Quanto mais perto da base da pirâmide social, maior é a dependência das famílias da renda dos idosos. Em média o orçamento familiar depende muito da renda dos idosos, que responde em média por 71% da renda familiar total.

No Brasil há 18 milhões de pessoas com mais de 60 anos, o que corresponde a mais de 10% da população total do país. Desses 18 milhões, 56% são formados por mulheres.


Até o meio desse século haverá 64 milhões de idosos no Brasil, o que corresponderá a 30% da população brasileira.

O pessoal da melhor idade tem:
  • Dinheiro no bolso;
  • Tempo livre;
  • Autonomia.
A classificação social foi feita de acordo com o Critério Brasil da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisas (ABEP), que considera:
  1. Renda;
  2. Posse de bens;
  3. Condições de moradia;
  4. Escolaridade.


A melhor idade gasta 2,3 vezes mais com alimentação quando mora sozinho, 3,2 vezes mais com saúde, quando não tem que colaborar com o orçamento familiar e 2,5 vezes mais com telefone quando não mora com familiares.

Hábitos de comportamento.


Mais de 50% das pessoas que estão na melhor idade lêem jornais ou revistas, viajam e têm uma vida independente.

Notícia do jornal O Estado de São Paulo de 12 de abril de 2010, do caderno de Economia, com o título: “Renda da 3ª idade atinge R$ 7,5 bilhões por mês.”.

sábado, 10 de abril de 2010

Inflação do primeiro trimestre de 2010 é de 2,06%.

Os preços dos alimentos foram os principais responsáveis pela alta da inflação em março, que foi de 0,52%. A alta de preços dos alimentos foi provocada por fatores climáticos, como o excesso de calor e de chuvas.

A coordenadora de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos diz que a inflação está generalizada na categoria alimentos, que teve inflação de 1,55% em março, ante 0,96% em fevereiro.

A categoria alimentos subiu 3,69% nesse primeiro trimestre, enquanto que no ano passado inteiro, ela teve aumento de 3,18%.

Alimentos em março contribuíram com 0,35 ponto percentual para a inflação, participando com 70% da taxa total de 0,52% do IPCA de março.



Em minha opinião, o Banco Central errou em não ter aumentado a Selic na reunião de março, já que a inflação acelerou nesse primeiro trimestre e a alta que poderá ser dada a Selic na próxima reunião do COPOM poderá ser mais agressiva, podendo chegar a 1%.

Ficou uma dúvida sobre a reunião de março do COPOM. Se a inflação já estava dando sinais de alta e a ata sinalizava e defendia a alta da Selic, por que o Banco Central não aumentou a taxa de juros básico da economia?

Será que houve algum motivo político que superou os fatores técnicos nos quais o Banco se baseia para modificar a Selic?

Notícia do jornal O Estado de São Paulo de 9 de abril de 2010 do caderno de Economia&Negócios, com o título: “Inflação trimestral é a maior desde 2003.”.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A renda do brasileiro cresceu 10% em 2009.

A crise financeira que teve início em setembro de 2008 não afetou a ascensão social das camadas de menor renda e nem o mercado consumidor.

A renda média brasileira cresceu 10% e atingiu R$ 1.285 em 2009.

Os fatores que favoreceram a renda foram:
  • Aumento da oferta de crédito;
  • Redução de impostos sobre carros, geladeiras e máquinas de lavar;
  • Manutenção do emprego formal.

A renda do brasileiro subiu 10%, sendo que somente as regiões Nordeste e Sudeste tiveram crescimento acima da média, com 25,2% e 13,6%, respectivamente.

A renda média brasileira é de R$ 1.285, sendo superada somente pelas regiões Sudeste, Norte/Centro-Oeste, com rendas médias de R$ 1.496 e R$ 1.466, respectivamente.

A crise financeira iniciada com a quebra do banco norte-americano Lehman Brothers atingiu fortemente as classes A e B e com menor intensidade a classe C.

A pesquisa foi feita com 1.500 pessoas em 70 cidades de nove regiões metropolitanas, entre 18 e 29 de dezembro de 2009.

Os gastos não essenciais foram liderados pelos vestuários, que cresceram 29%, seguido pelos gastos com prestações e financiamentos, que somaram R$ 98 por mês.

A classe C possui hoje 92,8 milhões de pessoas, representando 49% da população, e recebeu no ano passado 8,2 milhões de pessoas que ascenderam das classes D e E para a Classe C, segundo a Cetelem.

Notícia do jornal O Estado de São Paulo de 7 de abril de 2010 do caderno de Economia&Negócios, com o título: “Em ano de crise, renda do brasileiro cresce 10%.”.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Relacionamento íntimo entre marca e consumidor.

Comunidades de marcas

Virou ferramenta de marketing nesta década, e o fenômeno foi detectado em 2001, quando uma comunidade da Apple chamou a atenção.

O conceito de uma comunidade de marca é a seguinte: comunidade especializada, não ligada geograficamente, baseada em uma estruturada rede de relação social entre admiradores de uma marca.

A maioria dos clubes nasceu na década de 80 e de forma espontânea.

As empresas, as ações, as comunidades e os produtos

Mini Cooper, Burger King, Harley Davisdon, Apple e Café Nespresso estão ser relacionando mais intimamente com seus consumidores e estreitando os laços sentimentais, que é alma do branding.

As ações do Mini Cooper

Foi trazido para o Brasil o modelo do Club Mini, clube exclusivo para os compradores dos modelos Mini Cooper, que nasceu na Inglaterra e já está presente em outros países e tem como objetivo estreitar laços com os consumidores.

Segundo Martin Fritsches, diretor da BMW, eles vendem um estilo de vida e não um carro.

Uma prova do envolvimento emocional com a marca Mini Cooper é a espera de até 4 meses sem reclamar e o pagamento é próximo dos R$ 100.000,00 por um modelo Cooper.

Os 25 primeiros compradores brasileiros do Mini Cooper, marca da BMW, ganharam um jantar patrocinado pela montadora do carro.

Será comemorado agora em abril o primeiro ano do Mini Cooper no Brasil e serão organizados:
  • Corridas de kart;
  • Viagens ao interior;
  • Eventos a céu aberto com estréia de filmes. 
Já foram vendidos 1.210 modelos, e a expectativa é de continuar neste ritmo.

A ação da Burger King

A Ogilvy, responsável pela conta da rede de fast food Burger King tem com missão envolver e surpreender os consumidores, e teve o desafio de fazer isso no ponto de venda.

Na ação mais recente, o sanduíche era entregue embalado em papel com o rosto do cliente impresso. A foto era feita no momento em que o cliente fazia o pedido no caixa, por uma câmera digital escondida.

A ação foi um sucesso e cumpriu a missão de envolver e surpreender os consumidores e ainda reforçou a comunicação base e principal do Burger King que é a gente faz do seu jeito.

A ação da Harley Davidson

Na verdade, a comunidade Harley Davidson foi criada espontaneamente pelos seus próprios consumidores na década de 80, e já contava com mais de 200 mil associados.

Tendo em vista que a Harley também vende estilo de vida e não motocicletas, a empresa abraçou as comunidades e cria vários produtos e patrocina vários eventos.

A ação da Apple

A Apple tem inúmeras comunidades de aficcionados pela Apple, os quais colam adesivos do logo da marca nos carros.

O boom dessas comunidades se deu com o lançamento dos Ipods.

As ações da Nespresso

O Nespresso Club possui 7 milhões de associados e tem acesso à:
  • Ofertas exclusivas;
  • Informações em primeira mão;
  • Assistência técnica gratuita.
A internet e o relacionamento marca e consumidor

Segundo Lara Lee, ex-diretora da Harley, fortalecer uma marca na era digital requer sangue-frio, pois:
  • A empresa deve aceitar o conflito;
  • Não há como controlar tudo;
  • Deve ser relegado a segundo plano os formadores de opinião;
  • As empresas que tem história de envolvimento são beneficiadas pelas facilidades da internet.
Notícias do jornal O Estado de São Paulo de 5 de abril de 2010 do caderno de Negócios, com os títulos: “BMW cria clube para fã do Mini no Brasil.”, “Foto roubada resulta em sanduíche personalizado.”.

Shoppings no Brasil

Segundo a Abrasce que é a Associação Brasileira de Shopping Center, neste ano de 2010 serão inaugurados mais 20 shopping centers.

O faturamento do setor cresceu 9% em 2009, enquanto a economia apresentou queda de 0,2% do PIB. Prevê-se que o faturamento em 2010 irá crescer 12%, mas o número poderá ser revisto para cima, já que o PIB poderá crescer mais de 5% neste ano.

Como já é esperado, a Região Sudeste é a região com mais shoppings, com exatos 213, concentrando 54% dos shoppings do País, e em segundo lugar está a Região Sul, com 77 shoppings e 20% do total. No País há 393 shopping centers.



Segundo a Abrasce 348 milhões de pessoas trafegam por mês nos shoppings no Brasil.

Matéria do jornal O Estado de São Paulo de 5 de abril de 2010 do caderno de Negócios, com o título: “O Rei dos Shopping Centers do Nordeste.” E dados da Abrasce.

Redes sociais, um terreno ainda desconhecido das empresas.

Em uma pesquisa qualitativa da Fundamento Comunicação com 50 executivos de 31 empresas de grande porte da lista de Maiores e Melhores da Exame, foi descoberto que mais da metade não usa das redes sociais para se aproximar dos clientes na web.

Motivos para o não uso das redes sociais:
  1. Receio de se expor;
  2. Ausência de estratégia de comunicação;
  3. Falta de estrutura interna.
As redes que são utilizadas pelas empresas são:
  • Twitter – 24%;
  • Orkut – 22%.
As empresas reconhecem que estão perdendo oportunidades, mas pelo menos elas têm a noção de que para interagir nas redes sociais são necessários:
  • Planejamento baseado no público-alvo;
  • Planejamento baseado no produto;
  • Estrutura;
  • Pesquisa sobre o comportamento de compra na internet do público-alvo. 
Atualmente há 66 milhões de usuários da internet e 29 milhões utilizam das 10 maiores redes sociais no Brasil, este segundo dados de fevereiro do Ibope Nielsen Online.

As empresas que já utilizam das redes sociais no Brasil são:
  • Votorantim;
  • Pão de Açúcar;
  • Casas Bahia;
  • Nextel;
  • Entre outras. 
Notícia do jornal O Estado de São Paulo do dia 5 de abril de 2010 do caderno de Negócios, com o título: “Empresas desconhecem as redes sociais.”.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

A classe média popular, Classe C, vai demandar 10,4 milhões de imóveis até 2016.

Estudo da consultoria MB Associados, calculou que a classe média popular, renda entre 3 e 10 salários mínimos (R$ 1.530 à R$ 5.100), tem uma demanda habitacional potencial de 10,4 milhões de imóveis até 2016.

Entende-se por demanda habitacional potencial o número de novas famílias que surgem em cada classe social, incluindo-se aí pessoas que vão morar sozinhas ou divorciadas. Dessa projeção também foi excluída o déficit habitacional que atinge nada mais, nada menos do que 7 milhões de famílias, principalmente das classes D e E, 80% desse déficit são nessas classes sociais.

Para Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, as vendas se concentrarão em imóveis novos, devido aos seguintes fatores:
  1. Rápida expansão do crédito imobiliário;
  2. Aquecimento desse mercado. 
Até 2016 haverá 2,5 milhões de famílias que ascenderão das classes D e E, por isso a demanda negativa.



Imóveis econômicos são os que apresentam preços entre R$ 1.900 e R$ 2.300 o metro quadrado.

As áreas que poderão seguir o crescimento imobiliário da classe média popular:
  • Móveis;
  • Eletrodomésticos;
  • Eletroeletrônicos;
  • Utensílios domésticos;
  • Decoração;
  • Serviços (banda larga, telefone fixo, tv a cabo).
Notícia do jornal O Estado de São Paulo de 4 de abril de 2010, do caderno de Economia, com o título: “Classe C vai demandar 10 milhões de imóveis.”.