terça-feira, 11 de maio de 2010

Os consumidores inovadores ou ditos pioneiros.


Um exemplo atual dos consumidores inovadores, que segundo o livro Comportamento do Consumidor, do Solomon, é composto por 2,5% da população, foi a corrida para adquirir o iPad, que em apenas 28 dias, a Apple vendeu 1 milhão de unidades e essa velocidade foi duas vezes mais rápida do que a corrida para adquirir o iPhone.

Perguntam-se quais os motivos para que parte dos consumidores comprarem os lançamentos sabendo que:
  1. O produto após alguns meses estará mais barato;
  2. O produto terá novas versões, estas com muitas melhorias;
  3. O consumidor não tem como avaliar o real valor do novo produto.
O consumidor inovador
  1. O primeiro comprador está em busca de uma espécie de limite do preço;
  2. As pessoas que fazem fila para comprar novidades são responsáveis por passar informações importantes sobre o produto recém-lançado para outros consumidores, segundo Jonah Berger, professor assistente de Marketing na Wharton School da Universidade da Pensilvânia; 
  3. Para Dam Ariely, professor de teoria econômica comportamental na Duke University, “Não tem a ver com análise de custo-benefício.”, isso está mais relacionado à expressão da identidade do consumidor;
  4. Esses consumidores estão pagando pela exibição de seus produtos novíssimos ou pela imagem de vanguardistas;
  5. Essas pessoas pagam pelo reconhecimento público.
Conseqüências da não existência desse comportamento para Jay Pil Choi, professor da Universidade de Michigan, nos EUA
  1. Se todos os compradores se empenhassem em pagar apenas o preço justo e adotassem sempre o critério do esperar para ver, os novos produtos jamais decolariam ou então levariam muito mais tempo para ter sucesso no mercado;
  2. E as primeiras vendas permitem às empresas reavaliar seus conhecimentos e também oferecer preços mais baixos para os demais consumidores.
Exemplo do preço do iPhone no decorrer do tempo


Exemplo do preço e custo do IPad


Os analistas da empresa de pesquisa iSuppli desmontaram o IPad, na sua versão básica e calcularam que o valor das peças somavam US$ 260, o que dá uma base para o preço. Nesse custo há a necessidade de somar os custos com P&D, com designer e os investimentos em marketing.

A Apple irá lançar uma versão com 64 gibabytes e conectado a rede de celular da AT&T, por US$ 830 e uma nova versão básica por US$ 130. Essa é uma estratégia para dar ao consumidor uma referência de preço, o que as empresas chamam de “âncora de preço”, assim o consumidor saberá que comprar alguma coisa por menos de US$ 860, irá economizar.

Notícias do jornal O Estado de São Paulo do caderno de Negócios do dia 10 de maio de 2010, com os títulos: “A ansiedade de ser o primeiro.” e “Pioneiros são ‘cobaias’.”

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Top 10 das cidades brasileiras com maior potencial de gastos dos consumidores


De acordo com a projeção da IPC Target 2010, essas serão as TOP 10 das cidades com maior potencial de gastos, que é de: R$ 616,7 bilhões, sendo que as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro concentram nada mais, nada a menos do que 55% desse valor, que é de R$ 341 bilhões.


A região Sudeste será responsável por 66% do consumo potencial, quando é somado o potencial de gasto das cidades que estão entre as TOP 10, e o Nordeste vem logo em seguida, com 14% desse potencial de consumo, sendo que o Sudeste gastará R$ 409 bilhões e o Nordeste do país gastará R$ 88,6 bilhões.

Das 4 capitais da região Sudeste, três estão entre as TOP 10.

Notícia do jornal O Estado de São Paulo de 10 de maio de 2010 do caderno de Negócios, com o título: “Campeãs do Consumo.”.

O Santa Clara virou 3 Corações.

A empresa potiguar, Santa Clara, que beneficiava, industrializava e comercializava seis marcas de café e que reinava absoluta no Norte e Nordeste do país, vai adotar a marca 3 Corações, como marca institucional.

A mineira 3 Corações foi adquirida em 2005, a partir de uma joint venture com a israelense Strauss.

O Motivo da compra da 3 Corações

O objetivo da 3 Corações era entrar no mercado da região Sudeste.

O objetivo foi alcançado, hoje a 3 Corações tem 15% do mercado paulista, e tem 19,8% de market share brasileiro, disputando xícara a xícara com a marca Pilão da Sara Lee, segundo a consultoria Kantar Worldpanel.

Crescimento Acelerado

O grupo Santa Clara, hoje 3 Corações, cresce dois dígitos ao ano há 20 anos, e o presidente Pedro Lima diz que esse crescimento é devido a três alicerces:
  1. Marketing;
  2. Logística;
  3. Operações.
Mudança da marca institucional

A decisão de adotar a marca 3 Corações teve 3 bases:
  1. Pesquisa contratada da consultoria Thymus Branding; 
  2. Funcionários;
  3. Consumidores.
O Grupo - números

Santa Clara = 3 Corações
  • A sede é em Fortaleza, Ceará;
  • 4.000 funcionários;
  • 7 fábricas;
  • 3 beneficiadoras de grãos verdes;
  • 23 centros de distribuição próprios;
  • 95 mil pontos de vendas;
  • 19,8% do mercado brasileiro;
  • 15% do mercado paulista;
  • R$ 1,45 bilhão foi o faturamento de 2009;
  • 15% do faturamento vêm das exportações;
  • Exporta para mais de 30 países;
  • Portfólio:
    • Café 3 Corações;
    • Café Santa Clara;
    • Café Pimpinela;
    • Café Letícia;
    • Kimimi;
    • Café Forte;
    • Refresco Frisco;
    • Refresco Tornado;
    • Produtos derivados do milho;
    • Temperos;
    • Filtros de papel;
    • Atua no mercado de fast food.
Planos para o futuro

O grupo planeja ir às compras, pois de acordo com Lima, o mercado é bem pulverizado e tem potencial para consolidação, já que há mais de 800 empresas.

Notícia do jornal O Estado de São Paulo de 10 de maio de 2010, do caderno de Negócios, com o título: “Santa Clara virou 3 Corações.”

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Expectativa de vendas em alta para o Dia das Mães.

Projeções de vendas da Serasa Experian, da Associação de Lojistas de Shopping (Alshop), dos shoppings isoladamente, do Provar, da E-bit e do Fecomercio, são de alta.

Segundo o assessor econômico Carlos Henrique de Almeida, da Serasa Experian
  • As vendas devem crescer em média 5,3%, em relação ao ano passado;
  • A volta do IPI para eletrodomésticos não atrapalhará, pois os lojistas fizeram estoques para vender com a taxa antiga;
  • A alta da Selic também não irá atrapalhar, já que os lojistas se anteciparam à alta e já haviam repassado os juros;

60% dos lojistas acreditam que o faturamento vai aumentar em relação ao ano anterior, o que é um aumento de 26 pontos percentuais em relação a 2009, segundo pesquisa da Serasa Experian.

Associação de Lojistas de Shopping (Alshop)
  • As vendas devem crescer em média 7%, em relação a 2009;
  • Segundo o economista Emílio Alfienari, se fizer frio esta semana, as vendas podem chegar a 11%; 
Projeções dos shoppings isoladamente
  • As vendas poderão aumentar em até 15% em relação ao mesmo período do ano passado.
Provar em parceira com Felisoni Associados
  • Retomada da massa salarial;
  • Prazos mais longos. 
E-bit, comércio eletrônico
  • A E-bit projeta que as vendas vão crescer 40%, em relação a esse mesmo período do ano passado.
Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo)
  • Maior acesso a crédito;
  • Renda em alta;
  • Nível de emprego em crescimento.

De acordo com a pesquisa da Fecomercio, muitos consumidores não estão dispostos a se endividarem mais do que já estão atualmente, já que 66% dos consumidores querem pagar à vista suas compras.


O comércio eletrônico é o que tem a previsão de vendas com maior crescimento em relação ao ano passado, 40%, seguindo pela projeção de crescimento feita pelos shoppings isoladamente, 15%.

Notícias do jornal O Estado de São Paulo de 6 de maio de 2010 do caderno de Economia & Negócios, com os títulos: “Comércio estica prazos e aposta no Dia das Mães.” e “Varejistas podem esperar mais dinheiro no caixa.”.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Mercado de alimento e bebidas saudáveis

O mercado de alimentos e bebidas saudáveis no Brasil em 2009, segundo a Naturaltech 2010, faturou US$ 15,5 bilhões.

Notícia do jornal O Estado de São Paulo de 4 de maio de 2010 do caderno de Economia & Negócios, com o título: "Vida Saudável.".

Venda de carros é recorde para o mês de abril, mas caiu 21% em relação a março.

Abril foi o primeiro mês sem a isenção do IPI, e as vendas foram 21,4% menores do que as de março deste ano, mas 18,6% maiores do que abril de 2009, e 6,4% maior do que o recorde anterior que foi atingido em 2008.



As montadoras, no mês passado, mantiveram os preços com a isenção de IPI, pois os estoques ainda eram altos.

E em março deste ano, os consumidores anteciparam as compras que fariam, e o aumento foi de 60% em relação a fevereiro.

O presidente da FIAT e da ANFAVEA, Cledorvino Belini disse que o aumento da Selic não vai afetar as vendas, pois o reflexo no aumento das prestações será mínimo.

Market Share


As quatro maiores montadoras têm 73,9% de mercado. É um mercado muito concentrado.

Notícia do jornal O Estado de São Paulo de 4 de maio de 2010 do caderno de Economia & Negócios, com o título: “Venda de carros cai 21,4%, mas é recorde para abril.”.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Depois do aumento do consumo da Classe C, da classe D, a bola da vez agora é a Classe B.

Pesquisa da IPC Marketing, chamada IPC Target (Índice de Potencial de Consumo), feita anualmente e neste ano foi levado em consideração que o PIB do Brasil irá crescer 6,1%, chegou às seguintes conclusões:
  • As grandes cidades de capitais vão aumentar a sua fatia no consumo total do Brasil;
  • A Classe B também vai ampliar sua fatia no consumo total do Brasil. 
Neste ano segundo essa pesquisa, os brasileiros vão gastar R$ 2,2 trilhões com produtos, serviços básicos, viagens, eletrodomésticos, veículos, roupas e móveis. E esta é a maior cifra desembolsada desde 1995, quando a pesquisa foi feita pela primeira vez.

O estudo foi feito com dados da IPC Marketing cruzados com as informações do IBGE.

Aumento do gasto


Participação das 27 Capitais no consumo do Brasil


As 27 capitais brasileiras foram responsáveis por 32% do consumo total do Brasil, o que correspondeu a R$ 0,59 trilhão, mas neste ano de 2010, as capitais vão aumentar 2,5 pontos percentuais a sua fatia, o que corresponderá à R$ 0,76 trilhão.

Participação das 50 maiores cidades no consumo do Brasil


As 50 maiores cidades do país foram responsáveis por 43,1% do consumo total dos brasileiros, o que correspondeu a R$ 0,8 trilhão, e neste ano de 2010, as 50 maiores cidades vão aumentar em 2,7 pontos percentuais a sua fatia, o que corresponderá à R$ 1,01 trilhão, que movimentará R$ 0,21 trilhão a mais nessas grandes cidades.

O aumento em pontos percentuais na participação no consumo previsto das 50 maiores cidades do Brasil é maior do que o aumento em pp das 27 capitais, portanto muitas cidades grandes vão ter aumento maior de consumo do que as capitais.

Essa concentração de gastos nas grandes metrópoles e esse aumento da concentração se deve aos seguintes fatores:
  • Concentração do parque industrial nas grandes cidades e capital;
  • Concentração dos empreendimentos mobiliários também nas capitais e metrópoles do país.
  • Concentração da maior parte das famílias da Classe B nas grandes cidades e capitais. 
Participação das classes sociais no consumo das capitais
 
 
As classes B1 e B2 serão responsáveis por 48,1% do consumo nas capitais brasileiras em 2010, o que é um salto de 4,2 pontos percentuais em relação à 2009, ano no qual a classe B foi responsável 43,9% do consumo nas 27 capitais. 
 
As classes C1 e C2 tiveram a maior queda na participação, saindo de 23,4% para 20,2%, uma queda de 3,2%. Parte desse recuo foi causada pela ascensão de famílias da classe C para a classe B.

Esse crescimento do consumo é sustentado pelos fatores:
  • Crescimento do crédito;
  • Crescimento da renda;
  • Crescimento do número de empregos. 
Consumo das classes sociais no Brasil


A classe B irá aumentar a sua participação no consumo total de 42,4% para 46,5%, um aumento de 4,1 pontos percentuais, passando de R$ 0,79 trilhão para R$ 1,02 trilhão, um aumento de R$ 0,24 trilhão.

A classe C que foi responsável por 30,1% do consumo no Brasil, passará para 27,7%, uma queda de 2,4 pontos percentuais, o que dará mais R$ 0,05 trilhão em relação ao ano passado, pois em 2009 a classe C consumiu R$ 0,56 trilhão e em 2010 consumirá R$ 0,61 trilhão.

A Classe B1 tem renda média familiar de R$ 5.350;
A Classe B2 tem renda média familiar de R$ 2.950.

Aumento da massa de rendimentos


Com o aumento da renda e do gasto da classe B, essa classe está comprando mais carros importados semi-novos, os quais tiveram queda de preço e ganharam mais prazo, chegando aos 36 meses.

Essa busca por carros importados pela classe B é por causa de dois motivos:
  • Os carros importados são mais equipados;
  • Os carros importados dão mais status. 
Desejos das classes A e B


As classes A e B aumentaram em 21 pontos percentuais a intenção de compra de veículos, passando de 9% para 30%, segundo pesquisa feita em dezembro de 2009 pela Cetelem e Instituto Ipsos.

Notícias do jornal O Estado de São Paulo de 3 de maio de 2010 do caderno de Economia, com os títulos: “Capitais e classe B vão liderar consumo.” e “Classe B retoma disposição para assumir dívidas.”.